domingo, 12 de outubro de 2008

É o que desejo ...

Só um minuto de atenção
Um pouco mais de alma e coração

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sede de Alma

Quero mais amor,quero mais loucura

Quero menos ser,e mais criatura

Quero mais alma,quero mais essência

Menos padrões,menos ciência

Quero mais descompromisso, quero mais falta de postura

Menos preocupação,menos ditadura

Quero mais prazer,quero mais autenticidade

Menos rancor,e mais humanidade

Quero mais solidaridade,menos solidão

Quero mais poesia,quero mais coração

Quero mais vida,quero mais história

Menos valor,menos glória

Quero o que convém,quero me perder

Ou pensando bem,não quero nada ter.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um grito à Liberdade!

Liberdade
Responsabilidade
Medo da idade?

Liberdade
Novidade
Dignidade?

Liberdade
Capacidade
Enfrentar a realidade?

Liberdade
Autoridade
Seguir a verdade?

Liberdade
Virilidade
Falta de vontade?

Liberdade
Maturidade
Insanidade?

Sair da postura ou perder a linha?

Liberdade: Você tem a sua,eu tenho a minha.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

É querer saber demais ...

Troquei-me e fui agarrar os sonhos que andavam vagando
Pra viver intensamente do que precisamos?
Felicidade,paz e amor?
Ou umas boas doses nos aliviam a dor?
Vivemos criando conceito pro que restou
Nós o pó do nada que sobrou
E ainda pensamos que alcançaremos o céu
Sonhos fragéis como barquinhos de papel
O abraço do amigo vou guardar na instante,antes de voltar pro divã
Para ter lembranças dos dias depois do amanhã
Brilho onde estiver e não esqueço de trazer ternura
Esqueço as convicções,as certezas e as faturas
Sem ritmo,sem compasso,sem medida
Crio a dor e abro mais fundo minhas feridas
Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais
Vou levantar asas e não olhar pra trás

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Amor,apenas amor

Eu te amo com ternura
Pelo teu ser,pela tua criatura
Eu te amo com paixão
Pois juntas nossas almas únicas são
Eu te amo com afeto
Pois te desejo sempre por perto
Eu te amo com carinho
E prometo nunca te deixar sozinho
Eu te amo com lealdade
Amor intenso,de verdade
Eu te amo com delicadeza
Em teus braços encontro fortaleza
Eu te amo com fervor
O que sinto por ti é amor e mais amor

terça-feira, 13 de maio de 2008

Vou com os pés no chão
Seguindo sem direção
Descalço os preconceitos
Com ou sem direito
Mas na mesma estrada
Rasgo do corpo a pele que não vale nada
Negro,branco,Índio,amarelo,são apenas raça
Na vida o que se conta,é plantar e colher
Na morte o que se leva não é a cor,mas o saber

Colaboração: Mica Liz.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Fantoche

Não importa o que eu faça
Eu sou apenas massa
Vivo sem respirar e cheio de dores
Sou um fantoche nesse teatro de horrores
A dor me consome quando eu rio
Por isso,sou tão frio
Não sou um pertubado infeliz
Brinco pra tentar ser feliz
Finjo ser poeta escrevendo sobre amor
Fujo apenas da dor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Dessa vida não se leva nada

Ela é um exagero,um misto complexo
Mas seu coração leviano não pede regresso
A fé é a única que a sustenta
E pra fugir da dor,o amor ela inventa
O mundo em chamas e só coisas fúteis passam na tv
O caminho é incerto e a estrada vai além do que se vê
E quando se perde é onde se encontra
As inverdades desse mundo a deixam tonta
Nada vale o pranto que se canta na solidão
Teu choro não se escuta nesse mundo de imensidão
Eles têm a mente vaga e o corpo sujo
Estampam um sorriso no rosto,em busca de refúgio
E ela não encontra tristeza
Pois em nós é a maior pobreza
Corres os mais altos riscos,e toma dos mais amargos venenos
Tem o corpo de menina,porém seus sonhos não são pequenos
Não teme nada e segue forte
Sabe que é vida é um passo na estrada da morte
Porém não desamina e vai sem medo
Viver com alegria é o maior segredo
Enfrentamos árduas e imensas jornadas
Contudo sabemos que da vida não se leva nada

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O Valor do Sorriso

Encontrei pelas ruas
Crianças famintas e nuas
Observei no olhar delas a ternura
E percebi que nem tudo é amargura
Imaginei que todas elas pudessem viver rodeadas de felicidade
Peninha,logo voltei a triste relidade
Sonhei por um instante
Que a vida podia ser brilhante
E assim...
Encontrei,observei,imaginei e sonhei
Que basta dar um sorriso
Para que o mundo vire o paraíso.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A tragédia da própria realidade

Janfronilda Cruz,conhecida com Nilda da Fulô,chegava no horário de sempre,sete horas da manhã de sua caminhada,como acontecia há 4 anos. Era uma mulher pequena,franzina e tinha o olhar perdido. Era tímida,mas amava rir e quando ria mostrava seus dentes amarelos. Seus trajes eram fora de moda e parecidos. Estava sempre com seu moletom listrado e calças azuis. Não tinha inimigos,mas também não possuia amigos. Sempre solitária e presa em seu mundinho. A vida de Nilda não se modificava muito do dia para o dia,uma rotina indesejável.Continuava a escrever e cantar pra afastar seus fantasmas interiores.Já tinha começado a descobrir a dor sólida e profundo de seus sentimentos ,e camuflava tudo isso com a pureza de seus versos. Era uma mulher sem grandes pretensões,bastava-lhe uma xícara de café,papel e caneta. Era uma vida real,mas que nunca reclamava sua parte. Mas é que às vezes a realidade nos pesa,e Nilda nunca se deu conta disso. Olhou pra si,viu-se mulher,adulta,não muito responsável e riu por não saber o que fazer... Respirou fundo e começou a refletir sobre sua vida. Qual seria o seu valor? Qual sua importância na vida das pessoas? (Será que tinha alguma? ) Respirou fundo mais uma vez e esfregou os olhos que ardiam. Por que os olhos estavam ardendo? Talvez precisasse de óculos- Procurou se convencer da doce Nilda,mas logo as lágrimas rolavam de seu rosto e ela choro sem cessar... Teria que tirar seus sonhos e esperanças da caixa,para que deixasse de vê a vida vagando.Ah,mas a Nilda não era forte o suficiente para manter essa esperança viva e junto com a perda de esperança ia perdendo sua vida. E a morte estava se preparando em silêncio pra recebê-la. Um dia chuvoso,ela não acordou muito bem e resolver ficar em casa,não faria sua caminhada diária como há 4 anos. Pegou uma garrafa de uísque e tomou até que ficou ébrio. Dançou,riu e entregou-se,enfim a morte. Oras,uma vida sem esperanças é uma espécie de vida sem vida. Na hora da morte seu semblante estava risonho,assim como o tinha sempre em vida. Ou talvez ela nunca tenha tido vida?